segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Sombras

Mãos atadas
boca aberta
mente insana, conturbada
mãos trêmulas
olhos fechados
para a luz, para a vida
Perto das sombras
longe de Deus
no meio do mundo
sem ninguém
de mal com o espelho
mãos dadas com a dor
sem medo de nada
sem nada a perder
Sombras
que assombram os dias
assustam os sonhos
e trancam a luz
invadem os quartos
esfacelam os êxitos
consomem por dentro
expulsam a fé
destroem as imagens
derrubam retratos
convertem sentidos
censuram atitudes
Esqueletos de sonhos no chão
traças devoram papéis
poeira no rosto de quem
certo dia resolveu ousar
e tornou-se o pior inimigo
de sí mesmo

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